Semana passada, voltando do colégio, Tomás me contava as novidades do dia. Detalhe: isso é raro, porque normalmente a novidade é resumida em "foi legal".
A história começou com ele me explicando que as meninas da sala fazem um grupo na hora do intervalo e ficam brincando sem permitir participação dos meninos. E completou:
- Só eu posso entrar no grupo, elas deixam.
- É mesmo, Tomás, por que?
- Porque elas dizem que eu não grito, não fico falando sem parar e não falo palavrão.
Achei fofo e ao mesmo tempo fiquei orgulhosa em saber que palavrão não faz parte do vocabulário dele, porque às vezes fora de casa eles podem ser um pouco diferentes..
Então me lembrei que o amigão dele, o Gael, que tem um comportamento muito parecido com o do Tomás (e por curiosidade nasceram exatamente no mesmo dia), costumava se dar bem com o grupo das meninas. Achei estranha a exclusão. Perguntei:
Então me lembrei que o amigão dele, o Gael, que tem um comportamento muito parecido com o do Tomás (e por curiosidade nasceram exatamente no mesmo dia), costumava se dar bem com o grupo das meninas. Achei estranha a exclusão. Perguntei:
- E o Gael, também não pode entrar?
- Não!!!
- Por que?
- Porque ele não para de falar, ele fala muito!!!
Então ficou claro, o palavrão incomoda as meninas, mas a concorrência para falar mais do que elas não é aceita mesmo!