terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Timão

Apesar de não ter sido nossa primeira vez em estádio (foi a segunda... vamos abafar o caso já a primeira foi só pra conhecer o Pacaembu e fomos, à paisana, fazer companhia para um amigo palmeirense num jogo verde demais pro nosso gosto), no domingo passado, foi a primeira vez que fomos em família assistir um jogo do Corinthians. 

Estádio do Pacaembu, clima tranquilo (jogo contra São Caetano), noite quente (a chuva veio antes do jogo, ainda bem!) e muitas crianças por todos os lados.

Logo na chegada, duas surpresas. Sentados exatamente atrás de nós, duas crianças da escola. Um menino um pouco mais novo que o Tomás e uma menina, do mesmo ano da Sofia. A noite já prometia ser mais divertida do que eles imaginavam.

E então, numa olhadinha para as fileiras mais acima de nós, uma surpresa... Criolo (cantor, rapper, compositor). Lá em casa somos todos bem fãs dele, mas posso afirmar que ele conquistou mesmo o Tomás, que é muito fã! Ele pede para ouvir os cds quando estamos no carro, sabe as letras e acha o máximo que, além de tudo, ele é corinthiano.

Tomás, emocionado ao ver Criolo de camisa do Corinthians e sentado ali pertinho, olhou pra mim e disse:

- Mãe, quero ir lá tirar um foto com ele!!!

Nunca me arrependi tanto de me preocupar com o que levar/não levar em eventos como esse... Nesse caso, na arrumação da bolsa, optei por deixar o celular em casa... Então infelizmente Tomás ficou sem a foto com o Criolo e eu fiquei sem fotos/vídeos das crianças vibrando com os gols.

Embora o celular tenha feito falta, a noite ficará pra sempre na memória. Gols, apagão (o estádio ficou uns 15 minutos sem luz no começo do jogo) amigos da escola, Criolo ... e coisas divertidas de estádio como os vendedores ambulantes... O de amendoins passava arremessando "amostras". A criançada amou ficar pegando os amendoins no ar e depois passar o tempo descascando (distrai bastante!) e comendo. Mas o vendedor favorito foi o de salgadinhos com seu slogan inusitado: 

- Olha o salgadinho com preço salgadinho!!!!

Ele passava falando e rindo, se divertindo a cada repetição da frase. Tomás não resistiu e falou:

- Mãe, quero um salgadinho daquele moço que diz que o preço é salgadinho.

Chamamos o vendedor, que veio rapidamente e disse:

- Vai querer o salgadinho mais caro do mundo?!

Rindo (pra não chorar) falei que ele era o vendedor mais sincero que eu já havia visto. Paguei, ele me entregou o pacotinho e falou:

- Desculpe pelo assalto, hein!

Fim de jogo. Fomos embora felizes, cheios de ótimas lembranças e, como disseram as crianças, com um gol para cada um da família! O placar foi São Caetano 0 x Corinthians 4. Timão eôôô!!!!

A foto ficou para a chegada em casa!


A foto com o Criolo não aconteceu, mas fica aqui um registro dele uniformizado

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Viva, a vida é uma festa


No fim de semana passado fomos à festa de aniversário do meu primo, Paulinho.

Batendo papo sobre cinema, ele me perguntou se eu já havia levado as crianças para assistir a nova produção da Disney, "Viva, a vida é uma festa". Disse que não e ele recomendou muito o filme. Falou que achava que as crianças iam gostar e aproveitou para me alertar que havia se emocionado bastante, chorado muito...

A esposa dele, a Barbara, que também assistiu, ainda falou sobre os comentários que ouviu do filme quando esteve no México no final de 2017. Segundo ela, houve uma verdadeira comoção por lá. Os mexicanos identificaram-se muito com a representação do "Dia de Los Muertos", tanto pela fidelidade quanto pela sensibilidade. Parece que conseguiram captar realmente a essência do que esse dia representa para os mexicanos.

Fiquei animada e ao mesmo tempo receosa. Bom ouvir críticas assim, mas dá um medo de ir com muitas expectativas ao cinema. 

Receios à parte e expectativas controladas, lá fomos nós ontem.

Não foram necessários mais de 10 minutos... o filme me conquistou logo de cara. "Viva" é cheio de acertos: um protagonista encantador, visual colorido, iluminado e delicado, música boa e muita clareza e sensibilidade na forma de contar a tradição mexicana, dosando muito bem humor e tristeza (embora tenha rolado muita choradeira infantil na sala de cinema que estávamos ontem. Não sei se para as crianças pequenas o filme funciona tão bem em alguns momentos).

Final da sessão e lá estava eu, inchada, com olhos vermelhos, fungando (já que vacilei e só tinha um último lencinho na bolsa, mesmo tendo sido alertada)... Sofia, que estava comigo durante a conversa com meu primo Paulinho e também deu uma choradinha (só que mais discreta), olhou pra mim e disse:

- É, mãe... você e o Paulinho são primos mesmo!!!

Prepare sua caixa de lenços e assista... Depois me conte o que achou!