terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Passeando nos ônibus de Natal


No último sábado fizemos o passeio nos ônibus de Natal da cidade de SP. São ônibus com decoração iluminada e com músicas natalinas. No passeio (gratuito) são cerca de 8 ônibus que vão juntos, em comboio, pela Avenida Paulista até o Parque do Ibirapuera.

A ideia é legal, mas, na prática, nem tanto... O trânsito de SP não ajuda, o efeito visual para quem está dentro dos ônibus não é grande coisa (principalmente porque não há quase nada de decoração natalina por todo o percurso) e a chegada no Ibirapuera é caótica... uma multidão ao redor do parque e mal se enxerga a decoração.

Bom, mas detalhes do passeio à parte, voltemos ao início...

Estávamos dentro do ônibus esperando a partida. Giva não havia conseguido ir e telefonou exatamente na hora em que o passeio começou. Sofia quis falar com ele:

- Oi, papai! tudo bem?!
- Oi, Sossô! Onde vocês estão?
- Estamos no ônibus!!! Já estamos DECOLANDO!

Será que na imaginação dela iríamos voando como um trenó do Papai Noel?! Teria sido mais divertido...



quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Sofia, nossa estagiária favorita


Desde que nasceu, Sofia vem ao escritório comigo. Hoje em dia, as visitas da ruiva são somente nos meses de férias, mas já são suficientes para que ela coloque ordem na bagunça, faça uma revisão nos procedimentos internos e teste os conhecimentos de todos por aqui.

Hoje ela decidiu ficar ao lado do Tio Pedrinho acompanhando de perto a seleção de madeiras. Não demorou para começarem suas dúvidas:

- Tio, por que essa madeira tem esses risquinhos?
- É um tampo "bear claw", tem esses risquinhos.
- E isso é ruim?
- Não, isso é bom, tem muitos clientes que só querem tampos assim.
- Ah, tá... achei que era ruim.

Pausa. Ela continua observando e surge nova dúvida:

- Por que você está separando as madeiras?
- Estou selecionando as qualidades.
- Entendi... Tipo: BOM, MÉDIO E HORRÍVEL?!


No controle de qualidade desde sempre



segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Preocupações do Tomás


Que delícia que é ser criança...

As preocupações deles são demais. Tomás anda muito preocupado com a logística de entrega de presentes do Papai Noel. 

Primeiro ficou tentando entender como ele faria para entrar em nosso apartamento, já que temos tela de proteção nas janelas. 
Depois começou a perguntar se ele entregava presentes "no mundo inteiro". 
E então ele foi mais específico nessa última pergunta:

- Mãe, será que o Papai Noel entrega os presentes no Polo Norte também?
- Nossa, Tomás, não sei... Por que?
- Porque estava aqui pensando se os ursos também ganham presentes...




sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Irmãos


No mês passado Tomás fez comentários sobre a cantata de Natal do colégio, que acontecerá hoje.
Na época ele quase deu um "spoiler" do que vai acontecer e disse que ficava com o "nariz azedo" toda vez que ensaiava uma certa música...

Para quem não leu:

Bom, como com criança cada dia é uma surpresa, passadas algumas semanas, ele veio me avisar que não iria mais participar da cantata. Não queria de jeito nenhum. Explicou, do jeito dele, sem muitos detalhes, que não tinha gostado de uma música.

Eu não sou muito de insistir. Não quer... eu respeito, ok...
Porém, Tomás tem uma irmã que não aceita um "não" com tanta facilidade. E do jeitinho dela, cheia de habilidade com o irmão, foi fazendo seu trabalho...

Foram várias conversas cochichadas no carro e em casa, para que eu não ouvisse... Convidou-o para ir até seu quarto. Colocou vídeos no youtube e, secretamente (juro que não fui lá espiar), ficaram ensaiando a música que ele estava rejeitando...

Claro, ela conseguiu. E ela mesma veio me avisar que ele tinha mudado de ideia, participaria da cantata. Resolvi checar e Tomás me disse que sim, que ela estava certa. 

Não sei se ele ficará com o 'nariz azedo', mas tenho certeza que, assim como ele me avisou, eu vou chorar... se já me emociono todos os dias com os pequenos gestos de amor e companheirismo entre irmãos, vê-los juntos, depois da dedicação da Sofia com ele, cantando, no último dia de aula, vai acabar comigo!



quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

O bebê urso


Tomás tem um urso branco que trata como se fosse seu filho. O bichinho usa fralda, roupa de bebê e está sempre com a roupinha favorita do Tomás, um macacão de sapinho, que foi dele quando recém nascido.

Ontem fomos ao clube e o urso foi junto.
No elevador, Tomás olha pra mim e diz:

- Sabia que hoje é o aniversário do meu urso? Temos que comemorar!
- É mesmo, Tomás?! Que legal.
- É, dia 04 de dezembro!

Pausa... Eu não sou muito boa para me localizar rapidamente no calendário, mas tive a impressão que dia 4 já tinha passado. E tinha.

- Tomás, hoje é dia 5... 4 foi ontem.
- Ah é?! Bom, então vou ter que mudar. Ele faz aniversário hoje, dia 5 de dezembro.

Tudo tem sempre uma solução.



O ANIVERSARIANTE

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Exibidos


Comecei a ficar desconfiada nos últimos tempos de que Sofia e Tomás andam me observando. 
Toda vez que pego meu bloquinho de notas para registrar as frases que eles falaram (e poder escrever futuramente no blog, sem esquecer exatamente o termo que usaram) eles dão aquela esticada de pescoço pra ver o que estou anotando. Além da observação, também notei que eles estão meio exibidos, querendo aparecer nas histórias do blog, de preferência, como personagem principal.

Na semana passada, Tomás conversava com uma amiga nossa, contava sobre minha antiga profissão na tv. Eu era produtora (fiz Faculdade de Radio e Tv e não terminei a de Jornalismo), mas nas palavras dele...

- Minha mãe dava notícia na tv, era NOTICIEIRA.

Notando as risadas, virou pra mim e avisou:

- Essa vai pro blog, né, mãe?!

E foi...



terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Sinalização para o Papai Noel


Desde outubro a cidade vem sendo iluminada, decorada para o Natal. Nos supermercados, muitos panetones por toda parte. Isso gera aquela ansiedade nas crianças... Já começam a perguntar dois meses antes quanto tempo falta para o Natal. 

Tomás não parava de questionar sobre quando iríamos decorar nosso apto. Consegui segurar até 15 de novembro, quando respirei fundo e peguei todas as caixas de enfeites para a montagem da árvore.

Não satisfeito em ter apenas o apartamento decorado, ele começou a ficar aflito por notar que não haviam colocado decoração de Natal no prédio.

- Mãe, o Papai Noel não vai vir se não tiver luzinhas de Natal no prédio! Eles precisam colocar! Vamos falar com o zelador, com os porteiros?

Não adianta argumentar... Mais uns dias passam e ele continua na aflição pela ausência de luzes de Natal no prédio.

Enfim dezembro chegou e, exatamente no 1º dia do mês, para alívio e alegria do Tomás,  decidiram fazer a sinalização pro Papai Noel no nosso prédio. 



sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Enfiando o pé, ou melhor, o cabelo, na jaca


São Paulo tem coisas inusitadas. Em um bairro repleto de prédios, com muito comércio, trânsito intenso, o semáforo fecha, você para, olha pro lado e o que vê? Uma jaqueira carregada. Eram tantas jacas que até a Sofia, distraída no banco de trás reparou e perguntou:

- Nossa, o que são aquelas coisas naquela árvore, mãe?!
- São jacas, Sofia.
- Que esquisita... Ah, é essa fruta que você me contou uma vez que fez uma guerra?!

E então voltamos aos anos 80, na Ilhabela. 

A Ilhabela, para quem não conhece, não é apenas dominada pelos borrachudos, as jacas estão por toda parte também.
Passei minha infância e adolescência por lá, meus avós tinham uma casa no Perequê. Na nossa rua e no próprio terreno da casa, tinham jaqueiras, sempre carregadas. Numa tarde, eu, meu irmão e os filhos da caseira, brincávamos na rua. Aliás, a gente passava o dia na rua inventando brincadeiras. Nesse dia alguém deu uma ideia incrível! Tantas jacas maduras caindo das árvores, ninguém interessado em comê-las, nós poderíamos dar um outro uso... Fazer uma guerra de jacas. Calma! Não era com a jaca inteira! A ideia não era matar ninguém, apenas acertar o outro com aquela parte branca mole. Enfim, parecia divertido e a guerra começou. Tudo muito engraçado, até que uma bomba de jaca atingiu em cheio meu cabelo. Aquele negócio gruda, tem um cheiro enjoativo...

Contei essa história pra Sofia e chegando nessa parte ela perguntou:

- Mas e aí, você ganhou a guerra?

E eu, lembrando daquela jaca escorrendo pelo meu cabelo, respondi:

- Não, claro que não... 

A brincadeira acabou pra mim e até hoje passo bem longe de jacas. Embora há uns 14 anos eu tenha tido meu segundo episódio desagradável com essa fruta... Meu marido, voltando da praia, viu um vendedor de jacas na estrada. Me implorou pra parar, disse que amava jaca e que queria levar uma pra casa. Enfiou aquela "pequena" fruta no carro, que foi pegando sol durante todo o caminho de volta pra casa e ficando a cada minuto mais madura. Paguei meus pecados de novo ficando com o carro impregnado com cheiro de jaca por mais de uma semana.