Foi no Carnaval que passou...

O Carnaval foi agitado lá em casa. 

Bloquinhos, bailes, passeios em parques. Coloquei a turma pra gastar energia!

Tomás, num intervalo de descanso, estava jogado no sofá tomando leite. 10 minutos, 15 minutos, 30 minutos... e lá continuava ele com seu copo de leite na mão. 

Perguntei:

- E aí, Tomás?! Está terminando esse leite?

E ele responde, calmamente:

- Não... Não aparentemente.

***

Logo no começo do Carnaval, na noite de 6ª feira, fiquei sozinha com as crianças, fomos à "serenata de carnaval" dos Trovadores Urbanos. 

Enquanto isso, Giva estava trabalhando na campanha contra a AIDS, distribuindo camisinhas na entrada do sambódromo.

Sofia não curtiu a ideia do pai ter que trabalhar e não poder passear conosco. Comentou:

- Que chato que o papai tem que trabalhar hoje à noite.... É só ele ou tem mais gente VENDENDO BLUSINHAS no Carnaval?

Você já virou um zumbi tecnológico?

Nos últimos dias, três textos com o mesmo tema me fizeram refletir sobre algo que tem me incomodado (muito) há muito tempo... o imediatismo do mundo atual, a overdose de tecnologia em nossas vidas, que cria a ilusão de estarmos todos juntos, próximos, super atualizados das vidas um dos outros... mas, infelizmente, nunca estivemos tão distantes, tão sozinhos.

Faça o teste:

Qual foi a última vez que você telefonou para um amigo para bater papo? 

Qual foi a última vez que saiu com amigos ou familiares e deixou o celular guardado ou desligado? 

É aniversário de alguém querido. Você telefona ou manda mensagem? 

Você consegue viajar para um lugar sem internet?

Consegue passar um dia sem conferir sua caixa de mensagens?

Pense numa criança com o mundo todo pra descobrir, com mil brincadeiras pra inventar, com energia sem fim pra gastar, acomodando-se confortavelmente no sofá e mergulhando de cabeça no incrível mundo digital que o Ipad pode proporcionar.

Ou amigos reunidos num bar, mas que não largam os celulares por um segundo, nem para pedir para o garçon tirar uma foto da turma. Isso é coisa do passado. Agora o "pau de selfie" faz esse serviço.

Famílias na sala de casa num domingo à tarde. Conversando? Não... cada um em seu celular, compartilhando fotos ou textos, dando risadas sozinhos.

Claro que há o lado bom da tecnologia. Porém, os prejuízos que tem causado às relações humanas são terríveis. Será necessária muita reflexão e muito, muito, muito bom senso daqui pra frente para que não nos tornemos, de forma irreversível, deprimentes zumbis tecnológicos.

Textos que recomendo a leitura:

http://praquandovoceacordar.com/2015/02/08/o-amor-nao-tem-pressa-ele-pode-esperar/

http://www.brasilpost.com.br/carolina-delboni/esperaaaaaa_b_6591386.html

http://economia.estadao.com.br/blogs/retratos-da-economia/saiba-se-voce-ja-virou-um-zumbi-tecnologico/

Você pode pular em 3, 2, 1...

Criança gosta de propaganda?

Nem sempre...

Tomás, por exemplo, fica aborrecido toda vez que está assistindo tv e o desenho é interrompido para alguns minutos de propaganda.

Ao tentar assistir algum vídeo no youtube, lá está ela de novo. É possível pular, mas é necessário aguardar aqueles eternos segundos... essa nova geração tem pressa, 3 segundos são a eternidade! E Tomás reclama:

- Ai, que chato... eu não gosto desse NINGÓCIO de PORPAGANDA!

As mariposa em vorta da lâmpida

"As mariposa quando chega o frio. Fica dando vorta em vorta da lâmpida pra si isquentá" (Adoniran Barbosa)

E assim foi ontem à noite. Lâmpada da cozinha ligada, uma mariposa foi em sua direção e ficou debatendo-se pelas paredes. 

Sofia grita:

- Mããããe, uma barata!!!!!

- Não, Sofia, é uma mariposa.

- Mata, mata!

- Não, coitada, deixa ela quieta aí, mariposa não faz nada. Se fosse há alguns anos, a Nina (nossa gata) já estaria dando pulos pra tentar caçar essa mariposa, sabia?

Enquanto isso, Nina, já aposentada das caças, dormia sem dar bola alguma. 

Sofia e Tomás não tiravam o olho, um pouco tensos, receosos do inseto resolver ir na direção deles. Nada aconteceu e os dois acabaram se distraindo com coisas mais interessantes.

Uns 15 minutos depois, Tomás entra na cozinha procurando o inseto. Sem avistá-la em canto algum, perguntou:

- Mãe, onde está ela? Será que a Nina caçou a MARICOTA?