segunda-feira, 27 de maio de 2013

Porque não se vive só de arrastões e más notícias

Um domingo lindo em São Paulo, céu azul, muito sol.

Na zona Norte,  o espaço um dia ocupado pelo Presídio Carandiru, relacionado a tantas más lembranças, está com cenário totalmente renovado. Um parque! E foi lá, com uma super estrutura montada para receber um público de 120 mil pessoas (!!!), que aconteceu o Projeto Nívea Tom Jobim, com a cantora Vanessa da Mata.

Foram 2 horas de show, gratuito, com momentos extremamente emocionantes, como quando Vanessa cantou, à capela, "O que tinha de ser" e, na sequência, "Sabiá".

Um lindo espetáculo, com produção impecável, merecedor de registros em CD e DVD.

O evento de ontem foi ainda um exemplo de que nem sempre a concentração de milhares de pessoas resulta em notícias nas páginas policias. Até mesmo na gigantesca fila do metrô (que começava na rua), as pessoas seguiam pacientemente, civilizadamente, cantarolando Tom Jobim, rumo às suas casas.

Porque nem só de arrastões se vive, minha gente! Há esperança, há esperança...

Pra dar um gostinho do que foi o show... PIANO NA MANGUEIRA:  http://www.youtube.com/watch?v=DwaaKCeU_Jk







quinta-feira, 23 de maio de 2013

Queria meu sofá e um "cobertore"

Dia cinza, com garoa, friozinho.
Se meus desejos fossem atendidos, eu estaria agora em meu sofá com um cobertor ou, como diz o Tomás, COBERTORE.

Revendo historinha do meu pequeno italiano pra animar essa tarde sem graça:



quarta-feira, 22 de maio de 2013

Estamos todos doentes. Eu, você e a Angelina Jolie.


Doentes de medo.
Medo de tudo.
Da morte,
Da vida,
Da violência,
Da poluição,
Das doenças...
A lista é extensa, então paro por aqui, porque o problema não é o nome do medo, mas, sim, o efeito dele. O medo paralisa, emburrece, contagia. 
Quantos de vocês leram nos últimos dias reportagens exaltando a “coragem” de Angelina Jolie? Coragem? Como assim? Uma moça saudável, linda, bem sucedida, que vai atrás de um exame de DNA para investigar suas chances de ter câncer algum dia. Após o resultado, opta por retirar seus seios (saudáveis!) como prevenção. 
Sem ter nada, além de uma probabilidade, a pessoa decide submeter-se a uma cirurgia, retirar parte de seu corpo. E SE o exame de DNA estivesse 100% correto  e ela realmente ficasse doente um dia, poderia ser com quantos anos? 40, 50, 90, 95. E quem garante que ela não morrerá amanhã por um motivo banal, sem relação alguma com seus fatores genéticos? 
Pois é, mas o medo fez com que ela optasse pelo método radical. Medo da morte ou medo de talvez precisar um dia enfrentar um tratamento agressivo como uma quimioterapia... Enfim, não enxergo essa notícia como um ato de coragem, muito menos exemplo a ser seguido (que é algo que me aflige, pois trata-se de uma pessoa famosa e a notícia espalhou-se rapidamente e sempre de forma positiva). 
Assim como a maioria das pessoas hoje em dia, Angelina Jolie precisa de um tratamento,  não contra um câncer inexistente, mas contra uma doença muito mais complexa e difícil. O medo. E ela precisa correr, antes que se desfaça de mais partes de seu corpo, pois já correm boatos de que pretende retirar os ovários... e por aí vai... 
Que fique bem claro, não escrevo como a dona da verdade ou um exemplo de pessoa saudável. Também assumo estar contaminada. 
Ontem, por exemplo,  tive certeza disso. 
Passava pela Vila Madalena, um bairro delicioso, onde morei por anos, por onde andava muito a pé, onde ia tranquilamente a bares e restaurantes. Sempre olhei com saudade e alegria para cada canto do bairro, onde estão guardadas várias de minhas memórias. Porém, meu olhar mudou.
De dentro do meu carro, parada no trânsito, observava os bares e restaurantes e pensava “esse tem o perfil de lugar escolhido para arrastão”. Deprimente, triste demais. 
Porém, envergonhada do meu próprio pensamento, tento mudar o foco. Olho pro banco de trás e vejo meus filhos dormindo nas cadeirinhas, com tanta vida pela frente, com o coração tão aberto às coisas boas do mundo e percebo que preciso combater meus medos o quanto antes, não posso permitir que minha vida fique tão cinza, tão sem graça, tão sem expectativas de futuro positivo. 
Não sei qual o caminho pra combater essa doença, mas não creio que a fuga resolva. Fugir pra onde, pra que? O medo nos acompanha. 
Estamos na era da prevenção. Esquecemos de ir em busca da solução, que, muitas vezes não está ao nosso alcance, é fato... Só que podemos batalhar por isso, embora nossa cultura seja a do individualismo. Ficamos individualmente paralisados, egoístas, desunidos, pagando por um sossego ilusório. E estamos pagando caro! 
Uns tiram partes do corpo, outros congelam cordão umbilical.  Muitos pagam seguros saúde caríssimos, seguros de vida, seguros de casa e até, absurdo totalmente compreensível nos tempos atuais, seguro de tablets e celulares.  E viva a expansão das empresas que colocam seguranças uniformizados e em frente aos condomínios. Viva o uso crescente de senhas, de travas, de insulfilm. Viva a banalização do antidepressivo. 
Métodos preventivos sem limites pra que mesmo? Ah, é... porque estamos todos doentes e não sabemos como buscar a cura, ou não conseguimos enxergá-la. O que me faz lembrar o sábio escritor José Saramago, em “O Ensaio Sobre a Cegueira”: 
“O Pior Cego É Aquele Que Não Quer Ver”



segunda-feira, 20 de maio de 2013

Banho coletivo

Hora do banho, um momento relaxante, tranquilo... 
Ops!!!!
Era.
Agora o banho lá em casa é coletivo. E é claro que a praticidade tem seu preço, pois vem junto com discussões e brigas em baixo do chuveiro.

Hoje, lá estava eu com Sofia e Tomás neste momento de harmonia.
Xampu aqui, sabonete ali, um grita porque entrou espuma no olho, a outra reclama porque o irmão empurrou; e eu, no meio, tentando acabar logo para não atrasarmos, mais uma vez, para a escola.

Numa luta com a Sofia para passar o condicionador, comentei:

- Nossa, como você está mal humorada!!!

E meu "papagaio" Tomás ao lado reforçou o comentário:

- Isso mesmo, tá muito MORADA!

E assim é nosso banho coletivo. Todo dia.


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Atenção, crasse!!!


Sofia, a professora, está de volta.


- Atenção, crasse!! Olhem pra tia!!!

A classe, que, no caso, tem apenas o aluno Tomás, obedece. Ele olha atentamente para a professora, que desenha na lousa:

- O que é isso, Tomás?
- Tubarão!
- Nããão... é um ovo! E o que é isso aqui?
- Carro!
- Nããão... é uma ARVRE (árvore)! E o que é isso?
- Cabelo!

A professora faz uma pausa, olha pro desenho, analisa, analisa e responde:

- Acertou! Um ponto pro Tomas!!!!

E Sofia tenta fazer "o ponto" pro Tomás na lousa, mas parece que a tinta acabou.

- Ixi, a caneta tá ruim, não estou conseguindo fazer seu ponto, Tomás...
- Pega outra CONETA, tia!

Caneta trocada, ponto feito e a tia fala:

- Ok, turma, agora vamos fazer uma fila ALFABETA pra ir tomar lanche!!!!


O aluno atento à professora numa contação de história.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Dia das Mães no Sexy!!!

Domingo, Dia das Mães. Dia também de mais um passeio no "Sexy" Pompéia para assistir novamente (e, infelizmente, pela última vez, pois a temporada acabou) "O Fanstama do Som", com a Banda Mirim.
Dessa vez foi ainda mais divertido, pois tivemos a companhia de muitos amigos queridos... Tatá, Bel, Liana, Maria Rosa, Bruno e Nídia. 

Bom, pra quem não viu, resta torce para que haja um lançamento de DVD do espetáculo (Sofia e Tomás não param de perguntar por isso). 
Pra quem viu, a torcida é para que o próximo trabalho da Banda Mirim não demore a começar! 













sexta-feira, 10 de maio de 2013

A escolha de Sofia - parte II

E Sofia continua pensando no futuro. 
Ontem, enquanto esperávamos o ônibus pra voltar pra casa, ela olhou pra mim e disse:

- Mãe, já sei o que quero ser quando crescer!
- Que legal, Sofia. O que?
- A mulher do busão, aquela que pega o dinheiro.

Deve ter pensando... "poxa, interessante, todo mundo entra no ônibus e dá dinheiro pro cobrador. Ele deve estar ficando rico!". Ainda mais no ônibus que pegamos ontem, que estava lotadooooo.


O local de trabalho desejado pela Sofia.


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Vem brincar! E isso não é um pedido...


As brincadeiras aqui em casa não são muito democráticas... 
Sofia aproveita sua posição de irmã mais velha pra decidir o que ela e o Tomás irão fazer. Nem sempre ele aceita na primeira tentativa.

Um dia Tomás estava bem tranquilo no sofá, assistindo um desenho, quando Sofia chamou-o para brincar de "mamãe e filhinho":

- Vem, filho!
- Não sou seu filho!

Tentei ajudar, falando pra ele que seria filho dela só na brincadeira. Mas a resposta foi:

- Não quero.

Porém, Sofia não aceita "não".

- A brincadeira é minha, eu que decido. Você é meu filho!

Tomás olha pra ela e diz:

- Tá bom.

E assim é a rotina por aqui. Tomás faz seu charme, mas acaba entrando nas brincadeiras da irmã mesmo que a contragosto. Vejam abaixo amostras disso...

Brincando de princesas...

... de cabeleireiro...

... de mamãe e filhinho.


segunda-feira, 6 de maio de 2013

A escolha de Sofia

A escolha de uma profissão não é tarefa fácil. Sempre achei que aos 17, 18 anos é cedo demais para definir o caminho a ser seguido na vida. Mas cedo mesmo é começar a pensar nisso aos 4 anos! Porém, Sofia não acha... mas tem demonstrado uma certa indecisão... vejam que eclética é minha filha:

Primeiro ela disse que seria médica...

Depois resolveu que o melhor seria ser professora...

Em outro dia estava certa de que queria ser veterinária...

E então, no sábado passado falou... "mãe, eu quero ser moça de padaria! Aquela que faz suco no balcão".

Ainda bem que ainda tem muito tempo pra pensar...



quinta-feira, 2 de maio de 2013

O convite

A campainha toca, Sofia corre pra atender.
Era a amiguinha Julia que queria entregar o convite de sua festinha de aniversário. Um convite lindo, da Branca de Neve, com uma maçã dentro de uma caixinha transparente.

Sofia pegou a caixinha, olhou, olhou, olhou ... e perguntou, desconfiada:


- É envenenada?


Como ela ainda não sabe ler direito, não notou que na caixinha havia um aviso: maça encantada, pode comer sem medo!


A caixinha não era essa, pois a original foi aberta imediatamente e não pude fotografar, mas era bem parecida.